domingo, 18 de janeiro de 2015

O BBB que eu quero.

O mito, Marcelo Dourado.
Nessa semana, começa aquele programa que a maioria da pessoas amam odiar... ou que odeiam amar? Sim, ele mesmo. o "grande" BBB. E lá vamos nós para a décima quinta do reality show. Todo início de ano, ficamos curiosos para sabermos quem serão os novos participantes, geralmente 14 (ou 15, 16...). E eles, os participantes, se encaixam em alguns esteriótipos de uma sociedade contemporânea: a gostosa, a puta, o playboy bombado, o gay, a gordinha... e por aí vai.

O BBB é uma programa um tanto quanto intrigante. Há quem diga que ele não tem conteúdo algum. Alguns o defendem. No primeiro dia, para não fugir da rotina, eles cantam, pulam, viram amigos de infância e fazem promessas coletivas do tipo: "Esse será o melhor BBB!". E sempre tem um para gritar: "Sem brigas, galera! Na paz! Temos que dar exemplo para o país". Em seguida, os demais gritam: "Uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuul", que traduzindo, significa: "Uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuul".

Imagino algum participante falando: "Aí, galera! Vamos fecha o tempo nessa bagaça, porque quem tá em casa quer ver o circo pegar fogo".

Todos sentam na mesa, para fazer aquele jogo de perguntas e respostas, onde se conhecem melhor. É sensacional! "Eu odeio falsidade", diz a primeira. "Quer me ver bravo? Gente falsa! Destesto...", diz um rapaz. "Tá achando ruim? Fala na cara. Odeio fofoca, gente que fala por trás", diz outra topeira.

E eu, sonhando que algum dia iria aparecer um cara que falaria: "Caralho, eu me amarro em falsidade. Não falo na cara, faço joguinho e gosto de fofoca". Seria meu ídolo.

Começam as sondagens para saber a situação amorosa de cada um. A gostosa diz: "Estou solteira!". Todos comemoram. A gordinha também diz que está solteira, e, normalmente um, geralmente o viado, grita, sem companhia: "uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuul".

Até que os dias passam, eles se conhecem melhor, e parecem já amigos de infância. Vem a primeira festa, e um casal já se forma. O primeiro, depois da bebedeira, chora e vem um outro, que nunca viu na vida, dizer: "Você é um guerreiro, cara! Sabe quantos queriam estar no lugar? Tipo, você é um vencedor". E no fim da conversa, eles se abraçam.

Vem o paredão. Começa aquela velha história no confessionário: "Pô, acho essa pessoa muito legal, mas isso é um jogo e a gente tem votar em alguém. E por afinidade, voto em Ciclano. Mas não tenho nada contra, adoro esse ser humano".

Aposto um rim, que nunca chegará um participante que irá dizer: "Voto em Fulano, porque acho ele um cú".

Ah... que beleza que seria. E eu me divirto, não pelo que eles fazem. Mas pelo o que eu gostaria que eles falassem.

Quando um emparedado fica, em vez dele gritar:"Obrigadooooooo, Brasiiiiiiil!" no jardim, espero que ele vá até a porta, e grite:"Chupaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!", para o que saiu.

Mas eles são muito previsíveis.